segunda-feira, 24 de setembro de 2012

9ª SEMANA ESTADUAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

ESCOLA DE PEDREIRAS TEM UM DE SEUS PROJETOS SELECIONADOS: "DE PET A FLOR". 
1.  RESUMO
Vivenciamos na atualidade um consumismo desenfreado, que conduz o ser humano a um descarte excessivo. A grande maioria dos resíduos rejeitados tem como destino final o lixo. Dentre os resíduos que compõem o lixo, encontram-se, sobretudo, os plásticos constituídos principalmente de polímeros e estes dão origem aos termoplásticos ou mais precisamente ao PET. Quando descartados aleatoriamente os derivados do PET causam grandes malefícios ao meio ambiente, mas de forma simples podem transformar-s em potencialidades, gerar renda e sustentabilidade, bastando para tanto um pouco de criatividade e inspiração na própria natureza, pois o PET que descartado viraria lixo pode transforma-se em flores, PUF e potes para receber mudas de plantas.

2. INTRODUÇÃO
O Limiar do novo século está produzindo amplas, abrangentes e significativas alterações nos campos, social, político, cultural, ecológico e econômico que conduzem o mundo a transformações cada vez mais rápidas e intensas levando a sociedade a buscar adaptações próprias para adequar-se a novas realidades vigentes.
O modelo de sistema econômico praticado, capitalismo, incentiva a humanidade a consumir de forma exagerada. Somos surpreendidos cotidianamente com modernos e bem planejados bens de consumo "duráveis ou não", cada vez mais modernos, sofisticados, cada vez mais baratos e "obsoletos", que serão substituídos por outros, tão logo se possa. "Eletrodomésticos, automóveis, computadores, embalagens e equipamentos de telecomunicações têm seus custos reduzidos e uma obsolescência acelerada, gerando produtos com ciclos de vida cada vez mais curtos" (LEITE, 2009, p. 39). Neste ritmo frenético e incessante estamos em meio a uma crise ambiental sem precedentes na história da humanidade, que "caracteriza-se pela idéia do ciclo 'compre-use-disponha' "(LEITE, 2009, p. 117).
Esta descartabilidade enfaticamente associada à problemática ambiental que resulta em produção de lixo urbano, bem como a crescente obsolescência dos produtos, nos permite fazer certas classificações sobre os resíduos, uma vez que "há quatro décadas, a quantidade de resíduos era bem menor que atualmente e não tinha sido inventada a matéria plástica, nem tão pouco,  as embalagens plásticas" (CORTEZ, 2007, p. 17) que por suas composições químicas demoram muito para que haja uma decomposição e torna-se apenas um dos muitos tipos prováveis de resíduos inerentes aos consumo e pós-consumo produzidos cotidianamente e globalmente  que não se restringe apenas aos maiores centros urbanos, mas torna-se um problema, inclusive nas cidades com menores índices populacionais, ou seja de qualquer lugar.
Uma das alternativas ecologicamente corretas para minimizar os impactos negativos que o descarte e a produção do lixo nos impõem é a reciclagem:
Incentiva-se, dessa forma, enormemente, o consumo, provocando aposentadoria prematura de milhões e milhões de produtos ainda operantes, porém rejeitados pelos consumidores. Esses produtos, de uma forma ou de outra, devem ser reciclados para não provocar, pelo seu número, poluição ambiental e desastres ecológicos (ZUFFO, 2004, p. 216).
A reciclagem passa a ser uma alternativa ecologicamente correta, mas nem sempre passível de ação, de colaboração social ou mesmo sensibilização social, pois envolve mudanças de postura e racionalidade e vontade. Assim Leff (2010, p. 63) usa terminologias como racionalidade, paradigmas científicos delimitantes para obstaculizar práticas produtivas em prol de um desenvolvimento sustentável.
[...] a construção de uma racionalidade produtiva alternativa não só depende da transformação das condições econômicas, tecnológicas e políticas que determinem as formas dominantes de produção. As estratégias do ecodesenvolvimento estão sujeitas também a certas ideologias teóricas e delimitadas por paradigmas científicos que obstaculizam as possibilidades de reorientar as práticas produtivas para um desenvolvimento sustentável.
Neste contexto a de ressaltar-se que tais problemas ambientais perpassam pelos materiais que são descartados e como já citado, o plástico torna-se um vilão por sua composição química e pelo demasiado tempo para que ocorra sua decomposição por completo, bem como pelo volume de descartes que ocorre cotidianamente pela sociedade. Encontrar soluções passíveis de ação, bem como gerar renda e tornar-se uma alternativa sustentável, acaba sendo um desafio para leigos ou profissionais de qualquer área de atuação. Educar a sociedade para desempenhar bem seu papel passa a ser uma alternativa de educação ambiental que impulsiona os educadores a  adequarem-se as novas exigências contemporâneas. Assim sendo, buscando uma alternativa de como minimizar os impactos negativos que plástico e mais precisamente o PET trás quando de sua descartabilidade, chegamos a identificar as potencialidades que ele pode proporcionar quando utilizado de forma adequada e ainda gerar renda ao que dele vierem usar.
Assim sendo usar de forma adequada o PET para transformá-lo em potencialidades, levou-nos a programar o projeto: "Potencialidades do pet: a sustentabilidade presente em pequenas ações", onde enquanto educadora e educandos aprenderam na prática a utilizar de forma simples, barata e sustentável o PET, que descartado torna-se sinônimo de problema ambiental, mas que utilizado para viabilizar artesanato, flores, PUF ou potes de plantas, acaba tornando-se possibilidade de renda e acima de tudo, alternativa sustentável.   
Na escola estão presentes representantes de toda a sociedade, oriundos dos mais variados lugares, onde ocorre a correta coleta do lixo, como de lugares onde esta não existe, mas estes possuem uma coisa em comum, o PET  e sua descartabilidade, assim sendo, mediar conhecimento para que estes alunos, suas famílias e prováveis interessados possam usá-lo de forma correta, acarreta uma alternativa sustentável, ecologicamente correta e potencializa renda aos que se dedicarem a este propósito. 

Um comentário:

anonimo disse...

Olá amiga estamos juntos nesta, nosso trabalho da EEEFM Gisela Salloker Fayet também foi aceito.
APROVEITAMENTO DO SUBPRODUTO DE DESTILARIAS DE AGUARDENTE: UM MANEJO SUSTENTÁVEL E RENTÁVEL EM PARAJU – DOMINGOS MARTINS - ES.

Dia 17, 18 e 19 estaremos juntos.